Liliane
O cântico entoado pelo jongueiro chama-se ponto. Vamos conhecer alguns?

Bendito, louvado seja
É o Rosário de Maria,
Bendito pra Santo Antônio
Bendito pra São João
Senhora Sant'Ana
Saravá meus irmãos
(JONGO DA SERRINHA, 2001)

Eu vou abrir meu Cangoê
Eu vou abrir meu Cangoá
Primeiro eu peço a licença
A rainha lá do mar
Pra salvar a povaria
Eu vou abrir meu Cangoê
(Jongo do Tamandaré. In: Feiticeiros da palavra, 2001)

Pisei na pedra
Pedra balanceou
Levanta meu nego
Cativeiro se acabou!
(FEITICEIROS DA PALAVRA, 2001)

Oi bota fogo na senzala
Onde negro apanhou.
(JONGO DO SUDESTE).

Trabalhei numa fazenda
Que não tem trabalhador
Perereca corta cana
Marimbondo é moedor
Trabalhei numa fazenda
Tem vergonha de contar
Canjiquinha no almoço
Pela égua no jantar
(BATUQUES DO SUDESTE, 2002)

Bate, bate coração pode bater
Não treme não oh coração
Pára de tremer
Bate, bate coração
Que nossa vida inda tem solução
- Graças a Deus -
(Feiticeiro da Palavra)

Saravá jongueiro velho
Que veio pra ensinar
Que Deus dê a proteção
Pra jongueiro novo
Pro Jongo não se acabar
(Feiticeiro da palavra).

Fonte: ALCANTARA, Renato de. “A POÉTICA DO JONGO: RESISTÊNCIA NEGRA E CELEBRAÇÃO DA VIDA."



Lindo, né? Sou apaixonada pelo Jongo e espero que outros também se apaixonem. Jongo é resistência cultural! Viva o Jongo!

Beijinhos! Até a próxima!
1 Response
  1. Liliane, adoro ver seu entusiasmo com o Jongo. Teremos uma linda apresentação.Parabéns!
    Patricia Nogueira-Coordenadora Pedagógica


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