Faltando 70 dias para o início do Rio+20, a questão do emprego (ou melhor, da falta dele), deve estar mesmo no topo dos temas de grande importância para o futuro saudável do planeta Terra! Isso porque, se aprendessemos equações nas aulas de História, a fórmula de hoje poderia ser:
Desigualdade = DESEMPREGO = POBREZA = PROBLEMAS AMBIENTAIS
De acordo com o debate apresentado pelos organizadores do Rio+20, a recessão econômica tem afetado não só a quantidade como também a qualidade dos empregos. Atualmente, no mundo todo, 190 milhões de pessoas estão desempregadas, e as previsões para o futuro são ainda mais pessimistas. Cerca de mais de 500 milhões de pessoas deverão estar sem trabalho nos próximos 10 anos!
Esse é um problema realmente sério, ainda mais se pensarmos que é justamente nossa geração de crianças e adolescentes, que hoje em dia frequenta as salas de aula do Ensino Fundamental, quem deverá se deparar com o mercado de trabalho nos próximos anos.
Por mais estranho que pareça a quem mora numa cidade grande como o Rio de Janeiro, o maior empregador do mundo ainda é a agricultura. Nesse momento, contudo, 1.3 bilhões de pessoas ganham menos de 2 dólares por dia, em todo planeta, o que significa pobreza para esses trabalhadores e seus dependentes. Políticas econômicas e sociais voltadas para criação de novos empregos são fundamentais para reverter esse quadro terrível, rumo a uma sociedade mais equilibrada.
Falando em equilíbrio, uma saída interessante é investirmos na geração de empregos que levem em consideração as necessidades do ambiente natural, os chamados “empregos verdes”. Eles podem contribuir para preservação e restauração do meio-ambiente, empregando trabalhadores tanto na agricultura quanto na indústria, no setor de serviços e administração. Alem disso, ajudam a garantir a biodiversidade, reduzem o consumo de energia e minimizam de várias formas o desperdício e a poluição. Nos últimos anos já foram criados mais de 2.3 milhões de empregos verdes no setor de energia renovável.