Ana

A exposição “Quanta destruição há no Progresso?” montada pelas turmas do 8o. e 9o. ano, sob supervisão das professoras de História Caroline e Isabella, recebeu mais de 500 visitantes entre alunos, professores e funcionários da escola no período de 22 de maio a 20 de junho.


A mostra tinha por objetivo colocar em questão como os avanços tecnológicos alcançados pelos seres humanos nos últimos séculos, especialmente após a Revolução Industrial, contribuiu também para o aumento de seu poder de destruição, causando profundos impactos ambientais e aumentando o potencial de destruição das guerras.

Recebidos e orientados pelos alunos/monitores, os visitantes puderam  apreciar uma linha do tempo que percorria a história da industrialização desde o século XVIII até o ano de 2012, quando se realiza a Rio+20, dando destaque para algumas invenções e acontecimentos que marcaram os últimos séculos.


Acompanhados por textos produzidos pelos alunos sobre o processo de industrialização, uma instalação com restos de aparelhos celulares, videogames, computadores e outros objetos eletroeletrônicos reunidos pelos alunos e funcionários chamava atenção para o problema do lixo eletrônico em nossa sociedade atual.

Para homenagear as vítimas das guerras nos últimos séculos, um mural com fotos de guerras em todo o mundo, incluindo os conflitos entre a polícia e traficantes de drogas na cidade do Rio de Janeiro, dava o tom do debate.

Com caixas de papelão, tinta e muita criatividade, os alunos criaram um cemitério para mostrar a conseqüência dessas guerras. Os epitáfios de personagens que teriam sido mortos durante vários desses conflitos, colocados junto às “sepulturas” ajudava a trazer para realidade de forma sensível um assunto tão dramático.


Cada visitante foi convidado a deixar sua mensagem e impressões em pedaços de papel que eram amarrados com barbante numa cruz disposta no canto da sala, como um sinal de que estamos a tentos a todos esses problemas.

Se você foi um desses organizadores ou visitou a exposição, deixe seu recados e suas impressões!

Leia agora alguns dos textos que fizeram parte da mostra:




Industrialização 
     A Industrialização é um processo histórico e social através do qual a indústria se torna o setor dominante de uma economia mediante a substituição de instrumentos, técnicas e processos de produção resultando em aumento de produtividade e geração de riqueza.
     Assim, a economia, antes de base agrária, artesanal e comercial, passa a ter uma base urbana e industrial – o que gera transformações profundas sobre os modos de vida e o padrão de relações sociais.
     A industrialização pode ser parte de um processo mais amplo de modernização, em que a inovação tecnológica, desenvolvimento econômico e mudança social estão estreitamente relacionados. Nesse processo, ocorrem mudanças de atitudes dos indivíduos e da sociedade e em relação à natureza que passa a ser vista como recurso produtivo.
     A partir de meados do século XVIII, na Inglaterra ocorreram importantes mudanças tecnológicas que tiveram profundo impacto no processo produtivo, com repercussões nas esferas econômica e social. A esse conjunto de transformações chamou-se Revolução Industrial. Depois da Inglaterra, vários outros países passaram por esse processo. 
     A chamada Primeira Revolução Industrial foi marcada pelo surgimento da primeira máquina a vapor e pelas conseqüentes mudanças.
     Já a chamada Segunda Revolução Industrial envolveu uma série de desenvolvimento dentro da indústria química, elétrica e siderúrgica, com base no uso intenso de petróleo como fonte de energia.
     Por fim, a terceira Revolução Industrial, conhecida também como Revolução Digital, caracteriza-se pelo uso intensivo da informática e as consequentes mudanças nas relações sociais econômicas.
 (Victoria Mariana Sade de Souza, turma 1802)
 
 
 
 Desenvolvimento sustentável
     O desenvolvimento sustentável foi criado pela assembleia das nações unidas em 1983 e surgiu na comissão mundial sobre meio ambiente e desenvolvimento.
     Desenvolvimento sustentável é um projeto que foi criado com o intuito de preservarmos mais a natureza, cuidarmos mais do nosso planeta. 
     É muito importante que a população se preocupe com isso, pois, prejudicando a natureza, estamos prejudicando a nós mesmos. Um exemplo: apenas parte do lixo que jogamos na rua recebe tratamento adequado, a maior parte vai para os rios. Quando chove, ruas são alagadas e casas destruídas, o que causa enormes prejuízos. Mas podemos evitar isso tudo, respeitando a natureza, fazendo coletas seletivas, não jogando lixo nas ruas, não fazendo queimadas, através de reciclagens e vários outros.
     Então, vamos cuidar mais da natureza, pois ela é um benefício que possuímos.
 (Fernanda Sabadini Pedro da Silva, turma 1802)
 
 
 
 Progresso x Destruição
     A Revolução industrial foi uma época de grande mudança na história da humanidade. Foi quando a tecnologia desabrochou, começando o progresso, mas também a destruição ambiental que vivemos hoje.
     A revolução baseou-se em cima de poucas fontes de energia, basicamente: ferro e carvão.
No início do processo, os homens usavam e exploravam ao máximo esses recursos e, com o tempo, passaram também a explorar outras fontes de energia.
   Os progressos tecnológicos e avanços científicos foram acompanhados de conflitos, guerras e destruição ambiental.
     A preocupação com o meio ambiente foi tão grande que começaram a se desenvolver movimentos ambientalistas para que os recursos naturais do planeta não fossem explorados até o seu limite máximo.
     A humanidade encontra-se diante de uma situação critica na história da Terra, na medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e também frágil, será necessário fazer um escolha a respeito do futuro do planeta
 (Yasmim Fernandes de Carvalho Leite, turma 1802)
 
 
 
     “O desenvolvimento industrial e tecnológico contribuiu para aumenta o poder de destruição: mito ou verdade?”
     Verdade! E um exemplo disso são as armas utilizadas nas guerras.
    Antigamente as armas eram espadas estudos, não existiam armas de fogo e nem explosivos, por causa da tecnologia que ainda era muito primitiva.
     Hoje, com o avanço tecnológico e industrial é possível ocorrer guerras com armas de fogo como fuzis, metralhadoras, bazucas, bombas entre outros.
(Bárbara Mecenas, turma 1903)
 
 
     O desenvolvimento da indústria bélica contribuiu grandemente para o poder de algumas potências, as tecnologias utilizadas foram decisivas para a vitória.
     Na segunda guerra mundial, o uso da bomba atômica foi decisivo para a vendição dos japoneses.
   Do ponto de vista estratégico militar, as duas potências que no pós-guerra dividiram o mundo desenvolveram armas cada vez mais poderosas e organizaram estruturas de informação e inteligências militares que envolveram seus aliados.
  Durante as guerras mísseis, aviões, armas poderosas foram utilizadas graças à tecnologia desenvolvida.
     Hoje uma nova guerra mundial teria proporções ainda maiores graça a nova tecnologia.
 (Rayanne de Cássia e Ana Cristina dos Santos, turma 1903)

Alexandra Ferreira
No link abaixo você pode navegar e encontrar uma programação para aproveitar o evento Rio+20. Este evento tem por objetivo fazer com que as nações do mundo inteiro, juntas, encontrem soluções para os problemas de crescimento e sustentabilidade. Aproveite o feriado escolar para se divertir e aprender em fóruns, discussões, palestras e exposições envolvendo os temas: Meio Ambiente, Crescimento e Sustentabilidade.

http://www.rio20.gov.br/eventos 


Pense nisso:

A coleta seletiva é uma das inúmeras soluções viáveis para os problemas do lixo. O que podemos fazer para cobrar dos governos a implementação de um programa de coleta seletiva por toda a cidade?


(foto: Alexandra Ferreira)






A Arte e sua relação com lixo.






Os investimentos em sustentabilidade. Por que este tema tem emperrado discussões e acordos na Rio+20?





 Queimadas: Prática que mais contribui para tornar o Brasil um dos maiores poluidores do mundo.

Juliana Nogueira
                           
               MANIFESTO DAS TURMAS 1802 E 1804 POR UM MUNDO SUSTENTÁVEL
         Professora Patricia Menezes

Dentro de nosso projeto de meio ambiente, os alunos das turmas 1802 e 1804, coordenados pela professora de Português Patricia Menezes, produziram um documento que nos leva à reflexão sobre o que pensamos para nosso Planeta.
 Queremos compartilhar com vocês ( e por que não com o Mundo...).

TEXTO PRODUZIDO PELA TURMA 1802 PARA O RIO +20

 

Bom dia. Somos alunos da Escola Municipal Rosa da Fonseca, turma 1802. Temos entre 13 e 14 anos e moramos aqui no Rio de Janeiro, cidade que está sediando um evento tão importante como este.

Estamos aqui em nome de todos os brasileiros para falar sobre os problemas e consequências que a humanidade vem causando não só ao nosso país ,mas também ao mundo e para buscarmos uma solução para esses fatores.

Um desses problemas tem a ver com o lixo que produzimos todos os dias e com as pequenas atitudes que poderíamos tomar, como guardar nossas latinhas de refrigerante e papéis de bala para descartá-los em lixeiras adequadas.

Outro problema tem a ver com as indústrias e veículos que realizam queima de combustível, provocando a poluição do ar. Deveríamos conseguir uma solução ecologicamente correta para que nosso mundo melhorasse bastante. Poderíamos optar mais por usar bicicletas ou meios de condução que não poluíssem o ar, como carros flex ou elétricos; as indústrias poderiam produzir uma quantidade menor de gases poluentes, mesmo que para isso tivessem de diminuir a quantidade de produtos que fabricam.

Certos problemas vêm destruindo florestas e animais que são nossas riquezas.

No entanto, se não fazemos a nossa parte, o governo também não nos estimula. Não vemos, nas ruas, muitas lixeiras seletivas ou uma fiscalização severa nas indústrias que poluem nosso ar e nossas águas.

Infelizmente, torna-se cada vez mais comum vermos crianças e adultos passando necessidades, como: fome, frio e falta de abrigo.Sabemos que na maior parte dos países aqui representados existe uma renda mais do que suficiente para a população total ter uma vida digna, mas hoje em dia a economia passa a ser mais importante do que a vida de um ser humano. Podemos buscar soluções analisando alguns países, como a Alemanha. Nossa turma aprendeu com o professor de Geografia que o governo alemão é obrigado a dar alimentação às famílias que não tenham de onde tirá-la e com quantidades de alimentos necessários para cada família. Não entendemos por que no nosso país não temos esse benefício. Milhares de brasileiros passam fome, famílias com dificuldades. Realmente nós não entendemos, temos de fazer algo porque se deixarmos isso acontecer, pode ser tarde.

Nós achamos que o Brasil precisa melhorar, mas somos apenas estudantes e, ainda não podemos fazer muito para que o mundo melhore. Por isso estamos aqui para pedir aos senhores e senhoras, pois são aqueles que têm o poder e condições adequadas para que isso aconteça, já que são líderes em seus países.

Queremos agradecer a atenção de todos e esperamos que essas discussões que acontecerão aqui possam efetivamente nos trazer melhorias e que entendamos que todos devem participar para um mundo melhor. Obrigado. 

  

TEXTO PRODUZIDO PELA TURMA 1804 PARA A RIO +20

 

     Olá. Somos um grupo de estudantes da Escola Municipal Rosa da Fonseca e estamos representando o Brasil neste evento mundial. Nós viemos falar sobre o meio ambiente. Desmatamentos, desperdícios e outros problemas ambientais.

     Hoje em dia a população do mundo inteiro não está se importando com a natureza. O homem está tão mais preocupado em ganhar dinheiro e com seus próprios negócios que não percebe que está destruindo ou prejudicando algo.

     Estamos perdendo nossas florestas com queimadas para a construção de prédios, pontes, viadutos e rodovias e, por conta disso, estamos perdendo vidas silvestres. Esses animais saem de seus habitats naturais por falta de comida e abrigo; muitos vêm para as grandes cidades e acabam morrendo. Outros são presos em cativeiros ou vendidos em comércios ilegais.

     Milhares de animais são mortos para abastecer a indústria de confecção de roupas. As espécies entram em extinção devido à ambição humana.

     Outro problema que enfrentamos é a poluição. A queima de combustível é um dos processos que prejudica nosso planeta, produzindo diferentes e nocivos gases, aumentando o número de casos de doenças respiratórias na população, chegando a levar à morte.

     Nossas águas estão ficando poluídas porque muitas pessoas estão jogando lixo e empresas jogam óleo ou deixam vazar substâncias tóxicas. Esse tipo de poluição tem matado várias espécies que vivem nessas águas e também prejudicado os seres humanos.

     Nós não estamos propondo coisas absurdas, como não utilizar mais carros ou só usar velas e, sim, coisas mais simples como a criação de leis que façam as pessoas reciclarem o lixo ou incentivando o uso de placas solares.

     Recentemente é muito triste ver que lugares tão lindos desaparecerão em breve. E o mais triste é saber que quem causou tudo isso fomos nós, seres humanos. Nós pensamos em muitas coisas para o nosso futuro, mas quanto mais pensamos no futuro não cuidamos do nosso presente. Pensamos no futuro e continuamos errando. É ruim saber que nos prejudicamos e prejudicamos o lugar onde moramos e pode ser que ele não exista mais quando chegar o nosso futuro. Futuras gerações não poderão ver como o mundo um dia foi belo.

      Nós agradecemos a atenção de todos e que nossa opinião sirva para melhorar o planeta e ajudar as gerações futuras. Obrigada. 

 


Alexandra Ferreira
Conhecido por gostar de explorar possibilidades diferentes em seus trabalhos, o artista Ben Heine apresenta mais um projeto interessante que ele chama de Digital Circlism.
Descrita por ele mesmo como uma mistura de pop art  e pontilhismo, a técnica emprega ferramentas digitais para criar imagens de celebridades feitas com milhares de círculos num fundo escuro. Para produzir o efeito esperado, quase todos os círculos são diferentes em cor, tonalidade e tamanho.
Normalmente, o tempo de criação de um único retrato fica entre 100 e 180 horas, pois o processo não é automático e harmonizar um conjunto de milhares de círculos para formar os traços e nuances do rosto de uma pessoa, é uma tarefa complicada.
Mais uma vez, a arte digital de Ben Heiner nos surpreende com resultados espetaculares.











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Juliana Nogueira


  
                                 

Os alunos do 8º e 9º anos da EM Rosa da Fonseca ,sob a orientação das professoras Caroline e Isabella de História, realizaram uma exposição muito emocionante com o tema "Quanta destruição tem no progresso", como parte do processo realizado em sala de aula.
Toda a Escola teve a oportunidade de conhecer o excelente trabalho e a turma 8802 da professora Luciane deixou sua impressão sobre o que viu:

  • As luzes coloridas do ambiente faziam com que o lugar parecesse especial.
  • O cemitério nos faz pensar nas armas criadas a partir da tecnologia e nas vítimas do mau uso desse progresso.
  • Nos murais, vimos as consequências das guerras;montanhas de corpos,crianças desnutridas, soldados morrendo, mortandade de peixes nos rios devido à contaminação das águas, bomba nuclear provocando enorme destruição.
  • Com relação ao lixo eletrônico, uns acharam que uma parte poderia ser reaproveitada. Houve preocupação quanto ao destino dos outros ítens.
  • Foi muito bom termos ido à exposição porque aprendemos sobre a história da tecnologia e vimos que ela pode nos ajudar ou nos prejudicar.
                                   
       TUDO ESTÁ EM NOSSAS MÃOS!        
(Alunos da turma 8802-professora Luciane)
Juliana Nogueira

Conhecendo um pouco sobre Margarida Botelho

 

Margarida se fosse um animal seria de certeza marinho, para poder estar sempre em movimento, mas como nasceu com duas pernas e duas mãos movimenta-se pela terra em passo acelerado, de mãos livres, quase sempre com uma mochila onde guarda a sua casa. Acredita que há histórias a nascer por cada respiração que é dada ao mundo. Dai a urgência! Gosta de as descobrir com as mãos ligadas ao coração. Às vezes são palavras que se transformam em imagens e vice-versa, outra vezes não… Quando caminha experimenta o tempo, aquele que só acontece quando estamos juntos. Algumas destas experiências tornam-se visíveis através de livros… outras não. Gostaria de guardar nos olhos, o brilho intenso de cada descoberta, para quando fosse velhinha, pudesse iluminar quem sabe… outros caminhos!
 
Licenciada em Arquitectura e Mestre em Design e Sequential Illustration, desde 2005 que publica livros para a infância onde constrói as palavras e as imagens dessas casas/livros. Como gosta de experiências inesperadas é mediadora de projectos e conteúdos artísticos em museus, bibliotecas, escolas e praças públicas. Recentemente esteve a trabalhar com a Unesco em Moçambique onde experimentou gestos e vozes diferentes, vai voltar de certeza! Tem desenvolvido projectos artísticos comunitários no Brasil, Indonésia e India.


 

A Sala de Leitura da EM Rosa da Fonseca indica os livros de Margarida Botelho para todos aqueles que acreditam que a leitura baseada no prazer e na ludicidade pode produzir leitores que definitivamente viverão uma relação de cumplicidade por toda a vida com a literatura.


 

 IMPERDÌVEIS!!!